Novas imagens obtidas em 16 de maio de 2016, pelo Telescópio Espacial Hubble da NASA confirmam a presença de um vórtice escuro na atmosfera de Netuno. Apesar de características semelhantes, foram vistos durante a Voyager 2, durante o sobrevôo de Netuno em 1989 e pelo Telescópio Espacial Hubble em 1994, este vórtice é o primeiro observado em Netuno, no século 21.
A descoberta foi anunciada em 17 de maio, 2016, em um Serviço Central de telegramas astronômicos (CBAT) telegrama eletrônica pela Universidade da Califórnia em Berkeley o cientista e astrônomo Mike Wong, que liderou a equipe que analisou os dados do Hubble.
Os vórtices escuros de Netuno, são na verdade sistemas de alta pressão e que normalmente são acompanhados de nuvens brancas, que são mais fáceis de serem observadas por instrumentos na Terra. Desse modo, tanto astrônomos profissionais, como amadores, desde 2015, observam essas nuvens brancas na atmosfera de Netuno.
Além disso, os astrônomos acreditam que as nuvens brancas sejam as companheiras dos vórtices escuros em Netuno. A dificuldade de se observar os vórtices escuros é que eles só aparecem bem definidos em imagens feitas no comprimento de onda azul, e o Hubble é o único instrumento que temos e que possui a alta resolução necessária para observar o distante planeta Netuno.
Devido à sua capacidade, o Hubble possui uma missão de anualmente fazer um mapa global dos planetas externos do nosso Sistema Solar.
Então em Setembro de 2015, durante esse imageamento de Netuno, o Hubble registrou bem perto das nuvens brancas, a tão esperada mancha escura que era esperada de aparecer próximo das nuvens brancas detectadas anteriormente.
E agora em Maio de 2016, o Hubble observou pela segunda vez essa mancha escura em Netuno, validando a observação anterior de 2015, e possibilitando que os astrônomos possam estudar com maior detalhe as características de vórtice.
Os vórtices escuros de Netuno são feições complexas e heterogêneas, eles exibem diferentes tamanhos, formas, e estabilidade durante os anos em que aparecem, e as imagens de alta resolução do Hubble ajudarão os pesquisadores a desenvolverem mapas detalhados desses vórtices, o que por sua vez, será crucial para entender como é a dinâmica da atmosfera de Netuno, o que depois pode até mesmo ser aplicado a estudos de exoplanetas.
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