Titã, o maior satélite natural do planeta Saturno e o segundo maior satélite natural de todos os planetas do Sistema Solar. Titã foi descoberto em 1655 pelo astrônomo holandês Christiaan Huygens, sendo esta a primeira lua (ou satélite) de Saturno a ser descoberta. Desde essa época já aprendemos bem mais sobre esta lua, muito devido às missões espaciais que a visitaram.
Titã tem um diâmetro equatorial de 5150 km. De todos os satélites existentes no Sistema Solar, apenas Ganimedes, satélite do planeta Júpiter, é maior que Titã. Titã é mesmo maior que o planeta Mercúrio.
Titã orbita a uma distância média aproximada de 1.220.000 km do planeta Saturno e demora quase 16 dias terrestres a completar uma volta ao redor do planeta, que corresponde ao mesmo tempo que leva a completar uma volta sobre si próprio. Isto faz com que Titã tenha sempre o mesmo lado voltado para Saturno.
Este satélite de Saturno é o único satélite de todo o Sistema Solar que se sabe possuir uma atmosfera densa. A pressão atmosférica na superfície Titã é cerca de uma vez e meia a pressão atmosférica do nosso planeta Terra. A atmosfera desta lua de Saturno é constituída em mais de 90% por azoto, e em menor quantidade por hidrocarbonetos, tais como metano, etano, entre outros. Pensa-se que ocorrem chuvas de metano em Titã, num ciclo equivalente ao ciclo da água na Terra. A atmosfera de Titã possui uma neblina que impede a observação da sua superfície a partir do exterior.
Em 2004 a sonda Cassini-Huygens, uma missão espacial da ESA e da NASA e também da Agência Espacial Italiana, chegou ao sistema do planeta Saturno. Esta missão incluía a Cassini orbiter e a sonda de pouso Huygens. A sonda Huygens pousou na superfície de Titã em 14 de Janeiro de 2005, revelando alguns dos segredos deste satélite de Saturno. Para além da sonda Huygens, a Cassini orbiter, que ficou em órbita ao redor de Saturno, transmitiu-nos informações sobre a superfície de Titã utilizando vários instrumentos, como por exemplo um radar, entre outros instrumentos.
A superfície de Titã apresenta poucas crateras, indiciando que se trata de uma superfície relativamente recente. A superfície é relativamente plana, ainda que também existam montanhas que ultrapassam 1 km de altura. Porém, o mais notável na superfície de Titã é a existência de lagos de hidrocarbonetos. Antes da chegada desta missão espacial já se suspeitava da sua existência, mas era apenas uma hipótese. A missão Cassini-Huygens veio confirmar as suspeitas. Titã e o planeta Terra são atualmente os únicos objetos do Sistema Solar onde se sabe existir lagos na superfície, ainda que na Terra os lagos sejam de água e em Titã os lagos sejam de hidrocarbonetos.
A densidade desta lua de Saturno é de 1,88 g/cm3.
Para além da sonda Cassini-Huygens, várias foram as sondas que passaram por Titã, nomeadamente: Pioneer 11, Voyager 1 e Voyager 2.
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