A sonda Cassini, da Nasa, enviou as primeiras imagens de sua nova órbita em torno de Saturno, na qual passou a “mergulhar” nas proximidades exteriores dos anéis principais do planeta. Obtidas cerca de dois dias antes do ponto de maior aproximação nesta que é a penúltima fase de sua missão, elas mostram o característico hexágono de nuvens no alto da atmosfera no Polo Norte do gigante gasoso.
A Cassini realizou no domingo passado o primeiro destas 20 novas órbitas que fará em Saturno, numa trajetória na qual passa sobre o Hemisfério Norte do planeta antes de cruzar a região externa do plano de seus anéis de Saturno. Nesta primeira aproximação, cujo foco foi acertar sua trajetória e fazer observações com outros instrumentos, as câmeras da sonda estavam desligadas, mas em futuras passagens elas deverão fornecer algumas das melhores imagens dos polos do planeta, seus anéis e as pequenas luas “pastoras” dos mesmos.
- Este é o começo do fim da nossa histórica exploração de Saturno – destacou Carolyn Porco, líder da equipe de imageamento da Cassini junto ao Instituto de Ciências Espaciais de Boulder, no estado americano do Colorado. - Que estas imagens, e as muitas que virão, nos lembrem que vivemos uma ambiciosa e ousada aventura em torno do planeta mais magnífico do Sistema Solar.
Cada uma das órbitas desta fase da missão dura aproximadamente uma semana. Assim, a próxima passagem pelos limites externos dos anéis está prevista para o dia 11 de dezembro. Ao todo, a Cassini deverá completar 20 destas órbitas até 22 de abril do ano que vem, quando o último sobrevoo pela lua gigante Titã alterará novamente sua trajetória. Com este encontro, a órbita da sonda vai “saltar” da região externa dos anéis para a interna.
A partir daí, a Cassini realizará mais 22 “mergulhos” pela lacuna de 2,4 mil quilômetros que separa os anéis principais de Saturno do topo da atmosfera do planeta, no que será a última fase de sua missão.
Estas ousadas manobras continuarão até 15 de setembro de 2017, quando então a sonda fará um “mergulho” final na atmosfera do gigante gasoso, transmitindo dados sobre sua composição até a inevitável destruição.
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