Muitos de nós já tiveram a ideia de viajar a outros planetas. Pouco sabemos como isto seria. Mas agora começamos a entender um pouco como ficará nosso cérebro em viagens espaciais mais prolongadas.
Pesquisadores associados à NASA publicaram recentemente o efeito sobre nosso cérebro de viagens espaciais de 6 meses de duração. Quando comparadas com viagens menores, de 2 semanas, há grandes diferenças. Há uma atrofia evidente das regiões do lobo frontal e do lobo temporal; mas também há algumas regiões que aumentam de tamanho, como aquela relacionada ao controle motor.
Esta foi a primeira vez que se demonstrou definitivamente a plasticidade neural (capacidade do cérebro de modificar-se) nas viagens espaciais.
Ainda não é claro qual o impacto destas alterações do cérebro na performance intelectual e motora dos astronautas; estes dados estarão disponíveis em breve. No entanto, é de pressupor-se que estas alterações existirão, tanto do ponto de vista intelectual como morfológico (utilidade de mãos e pés, por exemplo).
Ao longo de milhões de anos, o ser humano submetido a ambientes de microgravidade será bastante diferente do que somos hoje: tanto na aparência, como no funcionamento cerebral. Quantos de nós estão disponíveis para voos espaciais prolongados?
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