A Nasa está prestes a lançar uma sonda que chegará à distância mais próxima da
superfície solar jamais alcançada por um artefato humano para estudar
as características físicas da atmosfera da estrela. A informação é da
agência EFE.
A sonda Solar Probe Plus voará diretamente para a
coroa solar e a atravessará pela primeira vez, chegando mais perto do
Sol do que qualquer outro instrumento, ficando a "apenas" 6 milhões de
quilômetros da superfície da estrela, algo extremamente difícil.
Em
uma cerimônia na Universidade de Chicago, o chefe do programa de
missões da Nasa, Thomas Zurbuchen, rebatizou a sonda com o nome de Solar
Parker, em homenagem a Eugene Parker, o astrofísico que desenvolveu a
teoria dos ventos solares supersônicos.
Até agora, várias sondas
já se aproximaram do astro rei para estudar os ventos solares e a coroa
solar, mas nunca a uma distância tão próxima, que poderia responder
muitas perguntas sobre o comportamento do Sol.
A sonda Solar
Parker foi projetada para obter dados em um ambiente de temperaturas
extremas, com muita quantidade de radiação, e chega a alcançar uma
velocidade de 200 quilômetros por segundo, o que permitiria que ela
fosse da Terra à Lua em meia hora.
"Até agora, os materiais para
que essa missão fosse possível não existiam", indicou o cientista Nicola
Fox, do Laboratório de Física Aplicada da Universidade John Hopkins,
responsável por desenvolver parte dos componentes do equipamento.
Lançar
uma sonda que chegue até o Sol é, até hoje, uma missão impossível. Para
causar um impacto na superfície solar, uma sonda solar deveria ser
capaz de atingir uma velocidade de 30 quilômetros por segundo na direção
contrária da velocidade orbital da terra ao redor do astro rei, mas a
tecnologia de foguetes atuais só conseguir cobrir um terço disso.
Para
se aproximar do Sol e orbitá-lo em uma distância tão curta, a Sonda
Solar Parker será acelerada pelo Delta IV Heavy, o foguete em serviço
com a maior potência existente.
Várias sondas lançadas desde os
anos 60 confirmaram as teorias sobre o campo magnético do Sol e a
existência de ventos solares, além de permitirem observar o
comportamento da coroa solar, que atinge temperaturas mais altas que a
superfície do astro.
A sonda será lançada entre 31 de julho e 19 de agosto de 2018 na
Flórida, nos Estados Unidos. Antes de finalmente chegar perto do Sol,
ela vai orbitar Vênus por sete anos.
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