O Curiosity, da Nasa, encontrou novas evidências que sugerem: Marte pode ter tido vida no passado ou ainda haver possibilidade de vida atual na atmosfera do planeta. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (7/6) pela agência espacial norte-americana.
O veículo da Nasa detectou moléculas orgânicas duras em rochas sedimentares de 3 bilhões de anos perto da superfície, assim como variações sazonais nos níveis de metano na atmosfera.Moléculas orgânicas contém carbono e hidrogênio, e podem também incluir oxigênio, nitrogênio e outros elementos. Elas são comumente associadas com a presença de vida, mas podem também ser criadas por processos não biológicos. Para chegar a essa conclusão, a equipe revisou estudos de fósseis na Terra, e em laboratório recriou as condições marcianas para identificar os melhores locais.
Em um segundo estudo, os cientistas da Nasa descobriram variações sazonais do nível de metano na atmosfera de Marte ao longo de três anos do planeta, que são quase seis anos na contagem da Terra. O metano pode ter origem biológica. Um grupo de pesquisadores, criou o que pode ser chamado de um verdadeiro guia para buscar por algum tipo de bioassinatura em Marte.Ainda que não seja possível determinar que houve vida em Marte, as descobertas são um sinal positivo para futuras missões de exploração da superfície do planeta. “Com essas novas descobertas, Marte está nos dizendo para ficar neste caminho e continuar procurando por evidências de vida”, disse Thomas Zurbuchen, administrator associado da sede da Nasa em Washington.“O Curiosity não determinou a fonte das moléculas orgânicas”, disse a autora do estudo, Jen Eigenbrode. “Se tem registro de vida no passado, foi alimento para vida ou existiu na ausência de vida, a matéria orgânica nos materiais de Marte dão dicas químicas sobre as condições e os processos planetários”, afirmou ela.Segundo os pesquisadores, mesmo a superfície de Marte não sendo apropriada para vida hoje, há evidências claras de que em um passado distante o clima permitiu a existência de água, fundamental para a vida como conhecemos.
As próximas missões para a Marte, tanto a Mars 2020, como a ExoMars, terão um objetivo claro, encontrar vida, ou algum resquício de vida, ou alguma assinatura de vida em Marte.
Será que teria um lugar específico, ou melhor para esses rovers pousarem para procurar e quem sabe achar algum tipo de assinatura de vida?
Essas rochas são ricas em ferro e em sílica, o que ajuda a preservar possíveis fósseis.
Os pesquisadores determinaram que rochas sedimentares feitas de lama compactada ou argila seriam as rochas mais prováveis para se encontrar fósseis em Marte.
Existem muitos locais interessantes em Marte para buscar possíveis fósseis, mas como não é possível enviar um rover para cada um desses locais, a escolha de onde enviar deve ser muito bem feita e muito bem embasada e esse tipo de estudo é muito importante para ajudar nessa escolha, não só de agora, para 2020, mas também para outras futuras missòes para Marte.
Esse estudo pode ser de suma importância para a decisão final do local onde os próximos rovers devem pousar em Marte, os dois partem para lá em 2020.
Ou seja, o ano de 2019 será decisivo para essa escolha.
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