BRAMON, sigla para Brazilian Meteor Observation Network, ou Rede Brasileira de Observação de Meteoros é é uma instituição científica composta por astrônomos amadores e profissionais cuja missão é desenvolver, promover e disseminar ciência e tecnologia, especialmente o estudo de meteoros: suas origens, natureza e caracterização de suas órbitas.
É uma rede colaborativa sem fins lucrativos mantida por voluntários composta por vários operadores e com o objetivo principal de produzir e fornecer dados científicos para a comunidade acadêmica, de forma livre, além de analisar seus registros e de suas redes parceiras, que são realizados por estações de monitoramento. Como objetivos específicos, a rede propõe:
2 - Catalogar novos radiantes de chuvas de meteoros;
3 - Realizar análises de meteoros gravados através de meios computacionais;
4- Produzir e disseminar conhecimento científico e tecnológico;
5 - Fornecer apoio às instituições de ensino primário, secundário e superior; e,
6 - Fornecer suporte para centros de pesquisa e desenvolvimento.
7- Realizar o radiomonitoramento de chuvas de meteoros.
8 - Incentivar a ciência cidadã.
Em 2013, teve início uma nova tentativa de criar uma rede de monitoramento de meteoro liderada pelos astrônomos amadores André Moutinho, Carlos Augusto di Pietro Bella, Eduardo Plácido Santiago e Renato Cássio Poltronieri. No final desse ano, Eduardo Santiago começou a dialogar com redes de monitoramento de meteoro na Europa, como UKMON (United Kingdom Meteor Observation Network) e CEMeNt (Central European Meteor Network)/ EDMOND (European viDeo Meteor Observation Network). Desta vez, as estações foram projetadas usando principalmente velhas câmeras de segurança equipadas com lentes comuns e consequentemente mais baratas. Os astrônomos amadores tiveram a ajuda de especialistas experientes, como Roman Piffl e Jakub Koukal, e iniciaram o desenvolvimento da rede que inicialmente seria conhecida como REMIM - Rede de Monitoramento Integrado de Meteoros.
As primeiras três estações da rede já estavam instaladas no início de 2014 e estavam localizadas em: São Vicente, estado de São Paulo (de propriedade de Eduardo Plácido Santiago, hoje fora da rede); Goiânia, estado de Goiás (de propriedade de Carlos Augusto di Pietro Bella) e Nhandeara, estado de São Paulo (de propriedade de Renato Cássio Poltronieri). A primeira imagem de meteoro capturada por esta rede foi adquirida pela estação de Renato Poltronieri em 9 de janeiro de 2014. Após essa experiência bem sucedida, foi criado um grupo em um site de redes sociais com o objetivo de reunir pessoas interessadas em se integrar a rede. Logo, outros antigos interessados, como Cristovão Jacques e Marcelo Domingues, declararam interesse no projeto e, juntamente com muitos outros entusiastas, começaram a construir seu próprio equipamento.
Em fevereiro de 2014, um grande bólido foi registrado no estado de São Paulo e o lançamento de vídeo nas mídias sociais ajudou a aumentar ainda mais a visibilidade da rede.
O astrônomo Julio Lobo do Observatório Municipal Jean Nicolini sugeriu a adoção de um nome que se encaixa melhor a realidade da rede: BRAMON - Rede Brasileira de Observação de Meteoros.
Em 16 de março de 2014, a BRAMON foi apresentada no hangout “Astronomia ao Vivo” onde vários operadores da rede, entre eles Renato Cássio Poltronieri, Marco Mastria (hoje fora da rede), Cristóvão Jacques, Eduardo Plácido e Carlos di Pietro se fizeram presentes para explicar como ela funcionava e em 12 de abril do mesmo ano, foi apresentada no 7º Encontro Internacional de Astronomia e Astronáutica, em Campos dos Goytacases – RJ.
Durante o 17º ENAST (Encontro Nacional de Astronomia), ocorrido em Maceió-AL, em 2014, Renato Cássio Poltronieri apresentou oficialmente a rede e seus resultados iniciais para a comunidade amadora durante uma apresentação intitulada "BRAMON - Rede Brasileira de Observação de Meteoros", consolidando sua criação.
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