A Nasa está financiando um projeto para construir um enorme telescópio dentro de uma cratera no lado oculto da Lua. Chamado de Lunar Crater Radio Telescope
(LCRT), o instrumento está sendo projetado por Saptarshi Bandyopadhyay,
tecnólogo em robótica do Laboratório de Propulsão a Jato do Instituto
de Tecnologia da Califórnia (Caltech).
De acordo com o resumo da
proposta, o telescópio será composto por uma malha de arame posicionada
sobre uma cratera lunar de 3 a 5 quilômetros e esticada por robôs
capazes de escalar as inclinações verticais da região. Em nota,
a agência espacial estima que ele terá cerca de 1 quilômetro de
diâmetro, tornando-se o maior radiotelescópio de ampla abertura do
Sistema Solar — o que, um dia, nos permitirá observar o espaço sem a interferência de transmissões de rádio da Terra.
Dessa forma, o LCRT poderá ajudar os astrônomos a fazer grandes descobertas científicas no campo da cosmologia. O instrumento poderá permitir pela primeira vez que o universo primitivo seja observado na faixa de 10 a 50 metros de comprimento de onda (ou seja, em frequências de 6 a 30 MHz, o que ainda não foi explorado pela ciência)
A Nasa concedeu US$ 120 mil para aa primeira fase do projeto, que visa aprimorar a ideia. Se ela for convincente, a proposta avançará para a segunda de três etapas. O LCRT ainda está "em estágios muito iniciais de desenvolvimento", disse Bandyopadhyay em entrevista à VICE, ressaltando que o primeiro passo é estudar a viabilidade desse conceito. “Focaremos principalmente no projeto mecânico do LCRT, procurando crateras adequadas na Lua e comparando seu desempenho com outras idéias que já foram propostas”, acrescentou.
Atualmente, o maior telescópio de abertura cheia já construído é o Telescópio Esférico de Abertura de 500 metros, o Fast, localizado no sudoeste da China. O LCRT seria duas vezes maior que ele e estaria em um ambiente muito mais propício para o desenvolvimento da radioastronomia.
Atualmente, o maior telescópio de abertura cheia já construído é o Telescópio Esférico de Abertura de 500 metros, o Fast, localizado no sudoeste da China. O LCRT seria duas vezes maior que ele e estaria em um ambiente muito mais propício para o desenvolvimento da radioastronomia.
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