A notícia mais recente sobre o Curiosity, é que ele identificou em Marte quantidades significantes de um mineral de silica chamado de tridimita.
A descoberta da tridimita pode levar os cientistas a repensarem a história vulcânica de Marte, sugerindo que o planeta em algum momento teve vulcões explosivos que levaram à formação e a presença do mineral.
Uma segunda notícia está relacionada com a descoberta anunciada em 2015 da evidência de água na superfície de Marte, naqueles lineamentos de talude recorrentes, feições que foram identificadas pela câmera HiRISE da sonda MRO.
Na época, e até hoje se discute, porque os rovers que lá estão não podem ir até os locais onde foram encontradas evidências de água.
A resposta existe, basicamente pelo fato de não terem passado pelos requerimentos para explorar tal ambiente, podendo contaminá-los, além lógico de não fazer parte do escopo da missão. E mudar uma missão assim, não é algo tão fácil.
Porém, alguns cientistas da NASA estão ponderando a ideia de enviar o rover Curioisty para explorar duas dessas feições que em inglês tem a sigla RSL e que estão presentes na Cratera Gale.
O Curioisty poderia utilizar a sua câmera chamada de ChemCam para estudar essas feições.
Vamos aguardar mais notícias sobre esse pensamento da NASA de enviar o Curiosity para estudar os lineamentos recorrentes de talude.
A última notícia desse pacote de atualizações sobre a missão do rover Curiosity em Marte é sobre a descoberta de compostos químicos, em especial óxidos de manganês, que indicam que Marte no passado pode ter tido uma atmosfera com mais oxigênio do que tem hoje.
Essa descoberta é muito interessante, pois na Terra, esse composto químico só se desenvolve na atmosfera rica em oxigênio ou por micróbios. A hipótese de micróbios pode ser descartada por enquanto, mas a hipótese de que atmosfera de Marte no passado pode ter tido mais oxigênio parece bem razoável e possível.
Por analogia, os pesquisadores dizem que em Marte, o nível de oxigênio pode ser se elevado em algum momento, para depois declinar até os valores conhecidos atualmente.
E sabe a história de conectar os pontos, então se preparem, uma possível explicação para esse ambiente rico em oxigênio de Marte foi no momento em que Marte estava perdendo seu campo magnético. Sem o campo magnético, o planeta começou a perder os átomos de hidrogênio que são leves, mas os de oxigênio ficaram na superfície do planeta, oxidaram as rochas (por isso a tonalidade avermelhada) e em locais onde a concentração era elevada o ambiente oxidante era mais agressivo e nesse ponto se formaram os óxidos de manganês.
Se for confirmado isso é um passo importante para se entender como as atmosferas podem ser oxigenadas.
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