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Água em Marte? Ainda não !

Uma dessas feições são chamadas de Gullies, que também pode ser traduzido para Ravinas, essas feições possuem 3 características importantes na sua forma que a classificam assim: uma alcova no topo, um canal na sua maior extensão e um leque de material depositado na sua base.
As Ravinas se diferem de outra feição que normalmente é encontrada nos taludes das crateras marcianas, chamada de lineamento recorrente de talude, ou RSL. 
Esses lineamentos são feições sazonais que escurecem e se apagam dependendo da estação do ano.
Foram nessas RSLs que os pesquisadores identificaram água na forma de sal hidratado.
Um grupo de pesquisadores analisou os dados obtidos pelos instrumentos CRISM, HiRISE e CTX da sonda MRO de 100 ravinas em Marte para tentar entender a sua formação e assim tentar compreender melhor alguns processos geológicos que podem ter ocorrido em Marte.
Ao analisar os dados, os pesquisadores descobriram que não existe nenhuma evidência mineralógica para que a água em abundância tenha formada as ravinas em Marte.
Provavelmente, de acordo com os pesquisadores, é o congelamento e o descongelamento de gelo de dióxido de carbono o processo pelo qual as ravinas modernas evoluem em Marte.
Na Terra, essas ravinas são sim formadas pela água, porém em Marte, a água, se ocorrer, existe em pequena quantidade nas RSLs, e não seria a quantidade suficiente para gerar as ravinas observadas.
Embora tenha se encontrado argilas nessas ravinas, os pesquisadores concluíram que com o descongelamento do dióxido de carbono, rochas antigas, com argila são expostas e podem assim ser observadas, essas argilas não são recentes, foram formadas a bilhões de anos atrás, quando a água era bem mais comum e abundante em Marte.
Outro grupo de pesquisadores independentes construiu modelos computacionais mostrando que a sublimação sazonal do dióxido de carbono poderia sim gerar essas ravinas, e os dados observados suportam os modelos gerados.

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