A missão NEOWISE
descobriu recentemente dois novos objetos com características peculiares
em órbitas próximas da órbita da Terra. O primeiro recebeu a designação
provisória de 2016 WF9
e deverá aproximar-se do nosso planeta no dia 25 de fevereiro de 2017, a
uma distância de 51 milhões de quilômetros.
O segundo é o cometa C/2016 U1 NEOWISE,
um pequeno objeto que viaja numa trajetória hiperbólica, o que
sugere que poderá estar numa primeira incursão através do Sistema Solar
interior.
2016 WF9
foi descoberto a 27 de novembro de 2016 e tem aproximadamente 0,5 a 1,0
km de diâmetro. A sua órbita transporta-o através da Cintura de
Asteroides, desde as proximidades da órbita de Júpiter até ao interior
da órbita da Terra. A sua superfície é bastante escura, refletindo
apenas uma pequena percentagem da luz solar incidente. Objetos com estas
características poderão ter múltiplas origens. A maioria são antigos
membros das populações de asteroides ricos em carbono que habitam as
regiões mais exteriores da Cintura de Asteroides. Uma pequena fração são
provavelmente antigos cometas que perderam a maioria dos compostos
voláteis que originalmente se encontravam depositados junto à
superfície.
C/2016 U1 NEOWISE foi detetado a 21 de outubro de 2016 e, ao contrário de 2016 WF9,
exibe uma cabeleira bem definida. Nas próximas duas semanas deverá
aumentar consideravelmente o seu brilho, podendo tornar-se visível
através de uns bons binóculos. Neste momento é possível observar C/2016 U1 NEOWISE pouco antes do nascer do Sol, na direção da constelação do Ofiúco.
Nos próximos dias, o cometa irá mover-se cada vez mais para sul, alcançando o periélio da sua órbita no dia 14 de janeiro, altura em que o seu brilho deverá ultrapassar os 6,0 de magnitude.
As trajetórias dos dois objetos são já suficientemente bem conhecidas
para excluir qualquer possibilidade de colisão com a Terra num futuro
próximo.
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