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SpaceX testará um novo sistema nos Starlink's.

Elon Musk da SpaceX disse no dia 27 de abril de 2020 que espera testar uma nova maneira de reduzir o brilho dos satélites da sua constelação Starlink, no próximo lançamento.

O Starlink é um projeto de desenvolvimento de constelações de satélites em andamento pela empresa americana SpaceX, para desenvolver uma plataforma de satélites de baixo custo e alto desempenho e transceptores terrestres de clientes necessários para implementar um novo sistema de comunicação baseado na internet. Cada satélite Starlink pesa aproximadamente 227 kg e possui um design de painel plano que possui múltiplas antenas de alto rendimento e um único painel solar.

Num briefing para um comitê que está trabalhando nas pesquisas astrofísicas da próxima década, Musk disse que o experimental “VisorSat” junto com uma nova maneira de orientar os satélites Starlink à medida que eles vão para sua órbita, deve minimizar os problemas astronômicos dos satélites Starlink que interferem de forma decisiva nas observações.

“Os nossos objetivos, são fazer com que os satélites fiquem invisíveis a olho nu em uma semana após o lançamento e minimizar os impactos na astronomia, especialmente não saturar os detectores dos observatórios astronômicos o que dificulta as descobertas”, disse Musk.

A primeira tentativa da SpaceX de lidar com o problema do brilho foi com o chamado “DarkSat” que teve alguns lançados em janeiro de 2020. O satélite usou o que a empresa descreveu como sendo um tratamento de escurecimento experimental sobre superfícies refletoras, como em antenas, em um esforço para reduzir a quantidade de luz do Sol refletida pelo satélite e então fazendo com que ele ficasse escuro.

Como o DarkSat não se mostrou promissor, aparecendo somente uma magnitude mais escuro que os satélites Starlink normais, a empresa tomou uma diferente direção para lidar com o problema. “Nós encontramos uma opção que até melhor do que essa, que é basicamente colocar os satélites na sombra”, disse ele.

Musk e outros pesquisadores da SpaceX tinham discutido previamente um tipo de para-sol que eles compararam a um guarda-chuva que seria liberado do satélite, mantendo suas antenas na sombra. Musk, no encontro do comitê de astrofísica, descreveu um conceito chamado de VisorSat, que iria liberar painéis em órbita, como os visores que você abaixa no carro quando está dirigindo na direção do Sol, para bloquear a luz solar.

“Nós temos uma espuma radiotransparente que será liberada depois do satélite ser lançado, e que bloqueará a luz solar protegendo as antenas”, disse ele. “São como os visores que usamos no carro basicamente, eles levantam e bloqueiam a luz do Sol evitando as reflexões”. Ele prevê que os visores terão um efeito massivo no brilho dos satélites.

A SpaceX está planejando testar o VisorSat no próximo lançamento dos satélites Starlink. “É um pouco desafiador, mas esse é o nosso objetivo”, disse ele. Ele não disse quantos satélites serão equipados com os visores, ou quando o lançamento acontecerá. A SpaceX tem realizado lançamentos dos satélites Starlink numa taxa de no mínimo 1 por mês, o mais recente aconteceu em 22 de abril de 2020.
Um segundo esforço envolve o brilho dos satélites à medida que eles sobem para suas órbitas após o lançamento. Musk disse que os satélites aparecem brilhantes devido a orientação dos painéis solares, que estão alinhados diferentemente durante a subida para órbita do que quando estão na órbita operacional.
Musk disse que a SpaceX irá tentar uma rolagem de orientação, para mudar o alinhamento dos painéis solares com relação a Terra, reduzindo a quantidade de luz solar refletida para o solo. “Indicadores iniciais mostram que isso tem um efeito significativo no brilho durante o processo de elevação de órbita. Os satélites serão significantemente menos visíveis do solo”.

As medidas da SpaceX vieram depois de meses de discussões com os astrônomos, que estão realmente muito assustados com os efeitos de uma constelação inteira de satélites Starlink – cerca de 12000 de acordo com o plano atual, mas com proposta para ter mais de 30000 – podem ter na astronomia. A situação foi de particular preocupação para os operadores de telescópios wide field, como o Observatório Vera Rubin (o antigo LSST) que está em construção no Chile, onde os satélites da Starlink seriam visíveis por uma grande fração das imagens feitas a cada noite.
Numa apresentação separada para o comitê, Tony Tyson, cientista chefe do Observatório Vera Rubin, disse que a preocupação estava no brilho dos satélites Starlink não modificados, que poderiam causar uma série de atributos nas imagens feitas pela câmera do observatório. “Nós teríamos vários rastros falsos, falsas galáxias, etc…, em nossos dados, prejudicando a ciência”, disse ele.
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A SpaceX já fez um progresso escurecendo os satélites, com satélites mais novos com uma magnitude mais escuros que os satélites originais v0.9, lançados em maio de 2019, mesmo sem o tratamento de escurecimento usado no DarkSat. Se os satélites ficarem com um fator de duas vezes mais escuros que os DarkSat é possível usar técnicas para corrigir os rastros indesejáveis, embora isso seja custoso do ponto de vista computacional, e não corrige o rastro original deixado nas imagens pela passagem dos satélites”.
As novas abordagens não lidarão com a questão do brilho dos satélites já lançados, mas Musk disse que a vida deles é limitada. Ele estima que a geração inicial de Starlinks irão queimar na atmosfera da Terra dentro de 3 a 4 anos, e isso permitirá fazer satélites melhorados. De acordo com Musk a nova versão de satélites é muito melhor em todos os sentidos.
Enquanto que o foco da apresentação do comitê e a subsequente discussão, que durou mais de 1 hora, foi sobre os satélites Starlink, teve coisas muito boas depois, quando o comitê conversou com a SpaceX sobre o seu papel em suportar a astronomia baseada no espaço, que por sua vez, não é afetada pela megaconstelação Starlink.
“Eu estou muito animado sobre o futuro dos telescópios baseados no espaço que poderiam ser bem grandes”, disse ele. Ele mencionou que a sua nova nave, a Starship, que em poucos anos deve começar a fazer voos espaciais regulares, poderá levar telescópios espaciais para órbita provavelmente uma ordem de grandeza mais barato do que é feito hoje”.
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“Eu estou muito interessado em tentar descobrir como ajudar no lançamento e na possível construção de um grande observatório no espaço”, disse ele, oferecendo um encontro com os astrônomos para discutir os conceitos de uma futura missão. Musk encerrou dizendo, quem sabe um telescópio espacial para fazer imagens de exoplanetas ou algo parecido com isso.

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