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Selfies do Curiosity em Marte

Como já é bastante conhecido, o termo em inglês selfie (já grafado em Português como sélfie) é um neologismo a partir de self-portrait, que significa autorretrato ─ hoje em dia obtido com mais frequência pelas câmeras dos telefones celulares. Autorretratos existem desde a invenção das câmeras portáteis, no século XIX, mas o sélfie se popularizou mesmo no século XXI.
Quer seja para valorizar a autoestima ou para registrar a presença em um lugar especial, todos tiram sélfies.
Até o robô Curiosity, que explora o planeta Marte desde agosto de 2012. Só que os sélfies do Curiosity têm confundido muitas pessoas porque em muitas situações não se vê, nas fotos, o braço do robô (e a presença de um braço, ou pelo menos de um bastão, é uma evidência “clássica” do sélfie, como sugere a imagem abaixo).
O sélfie mostrado na galeria ao final dessa página é ainda mais intrigante, pois parece obtido de muito mais longe que o braço do robô pode se estender. Como essas imagens foram obtidas? Será que tinha “mais alguém” com o Curiosity para tirar essa foto? Como ele faz?
MAHLI É UMA DAS QUATRO CÂMERAS DO CURIOSITY.
Ela fica perto do final do braço do rôver e tem o potencial de tirar algumas das fotos mais sugestivas da missão por causa da visão mais ampla que as demais câmeras. Pode obter close-ups de pequenas rochas no solo ou apontar para trás e ver partes do hardware do próprio rover. Fotos de “corpo inteiro”, no entanto, requerem um esforço significativo. Um autorretrato exige dezenas de fotos da MAHLI, que depois tem de ser emendadas para se parecer com um só clique.
E é assim que esses autorretratos do Curiosity são feitos. Depois que a câmera MAHLI obtém múltiplas imagens de diferentes pontos de vista, um mosaico é montado (a menos do próprio braço do robô, que na maioria das vezes nem aparece na cena final).

Para que você possa entender melhor click no link abaixo, o vídeo explica todas as funções das câmeras do Curiosity.


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