Nesta segunda-feira (8), a sonda Juno, da NASA, passou a 1.000 km de distância da superfície de Ganimedes, a maior lua de Júpiter e também a maior lua do Sistema Solar inteiro. A sonda estava a uma velocidade aproxima de 66.000 km/h e marcou a maior aproximação ao satélite natural já realizada em 20 anos. Em um comunicado oficial, a agência espacial norte-americana informou que novas imagens e outras informações sobre a lua chegarão à Terra nos próximos dias.
Através do sobrevoo, a equipe responsável pela missão obteve imagens mais detalhadas sobre Ganimedes, as quais serão cruciais para o planejamento das futuras missões de exploração das luas geladas de Júpiter. Até agora, são duas confirmadas: a missão JUICE (sigla para Jupiter Icy Moons Explorer), da Agência Espacial Europeia; e a missão EUROPA CLIPPER, da NASA, esta destinada à lua Europa — ambas programadas para a próxima década.
Com diâmetro médio de 5.262,4 km, Ganimedes é um pouco maior do que o planeta Mercúrio e sua superfície é predominantemente composta por rochas de silicatos e gelo de água — acredita-se que esta crosta de gelo esteja flutuando sobre um manto lamacento, o qual pode conter uma camada de água líquida. Em seu sobrevoo, a sonda Juno utilizou vários de seus instrumentos, como o Espectrógrafo Ultravioleta (UVS), o Jovian Infrared Auroral Mapper (JIRAM) e o Radiômetro de Microondas (MWR).
No entanto, só cinco imagens são esperadas, porque a lua permaneceu por apenas 25 minutos no campo de visão da sonda.
O principal investigador da missão Juno, Scott Bolton, que é cientista espacial do Southwest Research Institute, explica que a sonda carrega um conjunto de instrumentos sensíveis e capazes de ver Ganimedes de maneiras jamais vistas — e acrescenta: "voando tão perto, traremos a exploração de Ganimedes para o século 21". Agora, a Juno segue em direção ao seu 34º sobrevoo próximo ao topo das nuvens de Júpiter.
Veja a seguir algumas das imagens da JUNO enviava à Terra ao longo de sua missão:
Imagens de Júpiter obtidas pela sonda Juno enquanto ela descia do norte, da esquerda, para o sul, da direita, durante um sobrevôo em maio de 2017. |
Uma imagem espetacular do topo das nuvens de Júpiter tirada durante uma passagem de baixa altitude pela espaçonave Juno da NASA. |
Esta imagem, tirada pelo gerador de imagens JunoCam na nave espacial Juno da NASA, destaca uma característica em Júpiter, onde múltiplas condições atmosféricas parecem colidir. A faixa azulada fantasmagórica na metade direita da imagem é uma tempestade de longa duração. O ponto em forma de ovo no canto inferior esquerdo é onde os pequenos pontos escuros que chegam fazem uma curva fechada.A imagem foi tirada em 27 de março de 2017, enquanto a espaçonave Juno sobrevoava Júpiter. Quando a imagem foi tirada, a espaçonave estava a 7.900 milhas (12.700 quilômetros) do planeta.
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